Roupas, higiene e curiosidades do império romano...





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https://www.publico.pt/2016/01/11/ciencia/noticia/a-higiene-na-roma-antiga-nao-evitou-a-propagacao-de-lombrigas-e-outros-parasitas-1719889

http://histemoda.blogspot.pt/2008/05/roma.html


https://thearcheology.wordpress.com/2010/06/23/thermae-os-banhos-na-roma-antiga-parte-1/

http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2014/02/140226_escola_gladiadores_rb


Curiosidades da Antiga Roma

 Abaixo estão  algumas curiosidades sobre a vida cotidiana da Antiguidade Romana que descobri lendo o livro de um escritor paleontólogo italiano. Tantas delas foram herdadas pelos povos conquistados pelos romanos e existem até hoje.

1. Embelezamento: os romanos eram vaidosos e primavam pela boa aparência. Os homens criaram o hábito de se barbearem (com lâminas de ferro e a seco), uma obrigação sobretudo se eram soldados. Mas não faziam sozinhos; se eram ricos, possuíam um tonsor (barbeiro) particular que fazia o serviço em casa. Os  menos favorecidos iam em barbearias públicas - algumas até a céu aberto - espalhadas pela cidade. As mulheres se embelezavam em casa com ajuda de uma serva, se eram ricas. Herdaram das egípcias as técnicas da maquilhagem (usavam até fuligem para pintar os olhos) e dos banhos aromáticos. O penteado variava segundo a moda ditada pelas esposas dos imperadores e chegavam até ser muito elaborados, como o das tranças que formavam um cone no alto da cabeça. Elas também tingiam os cabelos com hena, faziam apliques com cabelos importados da Índia e até depilação. 

2. Vestuário: a toga, usada sobre a túnica, servia para distinguir a classe social de quem a vestia através da cor, do volume e da forma e só podiam ser usadas por quem tinha a cidadania romana. Os escravos, plebeus pobres e soldados usavam só a túnica. As mulheres usavam, além da túnica e da toga, uma faixa sobre os seios (mammilia) e uma espécie de cueca (subligaculum) como roupa interior e um manto que cobria a cabeça quando saiam de casa. As crianças usavam a toga praetexta com uma faixa púrpura e quando cresciam, mudavam para a toga uirilis (os meninos) e a stola (as meninas que se casavam). As romanas também usavam um tipo de biquíni para praticar desporto ou relaxarem nas termas.

Toga e pallio, o manto comprido que cobre a cabeça. As mulheres o usavam quando saiam de casa e os homens quando viajavam

Toga romana masculina

Tunica romana, usada abaixo da toga ou sem nada por cima (no caso de plebeus pobres, escravos ou soldados)

Os primeiros biquínis foram invenção dos romanos e não dos franceses. As mulheres retratadas aqui faziam ginástica usando esse traje de duas peças, mas também podiam ser usados para os banhos termais (mosaico de um antigo palacete romano de Piazza Armerina, província de Enna, Sicília)

3. Hábitos higiénicos: a higiene não era muito o forte naquela época, pelo menos do nosso ponto de vista. As mulheres estavam mais acostumadas ao banho em casa, enquanto que os homens preferiam as termas públicas. Os mais pobres tinham que se virar e tomavam banho como podiam. Para escovar os dentes, usavam uma mistura de bicarbonato de sódio, ervas aromáticas e até pó de pedra-pomes. Papel higiénico nem pensar! Cada um tinha uma esponja que era humedecida na água que corria em um pequeno canal localizado aos pés de cada vaso sanitário.

4. Lavandaria: os romanos lavavam as roupas de uma forma um tanto nojenta. Todo dia de manhã, o servo recolhia a urina de toda a família de seus patrões e a mandavam para a lavanderia, que seria usada para a limpeza das roupas. O cheiro forte era eliminado com água e essências naturais.

5. A casa romana: os patrícios e a plebe mais rica moravam nas domus, a residência urbana da Antiguidade. Essas habitações possuíam um grande atrium (átrio) cercado por colunas e ornado de jardins, pequenas hortas e de um impluvium, uma pequena cisterna pluvial, além de ser a principal fonte de luz solar da casa. O triclinium era o cômodo destinado aos jantares e banquetes, o tablinium era onde o patrono tratava de negócios e as cubicula (que eram mesmo cubículos) o local de repouso noturno, escuro e sem muita decoração ou mobílias. Também havia cozinha e banheiro. Apesar de todo o luxo e ricas decorações dessas domus, as janelas eram escassas e sempre pequenas, quase inexistentes (por motivos de segurança e privacidade). Os mais pobres moravam nas insulae, prédios "condominiais" com vários andares que depois  passou a ser também residência dos mais abastados quando começou a crescer o índice demográfico de Roma (era uma das cidades mais populosas da Antiguidade). Nesse caso, os andares de baixo eram os mais caros e os mais altos os mais baratos, ao contrário de hoje; quem morava mais embaixo podia fugir com mais facilidade em caso de incêndio (que eram muito comuns naquela época). 

Detalhe de uma domus romana urbana (Sir Lawrence Alma-Tadema, 1901). A parte descoberta, chamada de atrium, era o centro da casa e de onde entrava a luz do sol, vista a escassez de janelas na residência
Restos de uma insula, os nossos atuais apartamentos, em Ostia Antica, uma antiga colônia romana, atual distrito do município de Roma

6. Escola: até os 7 anos, a criança era educada pelo próprio pai, que lhe ensinava moral, noções rudimentares de escrita e história dos personagens ilustres. Depois dos sete anos, a criança (de família rica) passava a ser educada por um tutor, geralmente um escravo grego (a civilização grega era muito mais progredida culturalmente que a romana) liberto, que lhe dava noções de aritmética, escrita e leitura. Os menos favorecidos e até alguns ricos mandavam seus filhos às escolas públicas (e a céu aberto), onde também aprendiam a ler, a escrever e a fazer contas. Um fato interessante é que a leitura naquela época era em voz alta; somente na Idade Média, com os monges copistas, aprendemos a ler mentalmente.

Auto-relevo de uma cena escolar

7. Vida social: as ruas de Roma eram muito movimentadas durante o dia. Era um vai e vem de pessoas de todas as classes sociais que se misturavam ao caos do comércio, quase uma Vinte e Cinco de Março (rua do centro de São Paulo famosa por seu grande comércio) em época de Natal. À noite não era aconselhado sair de casa pelo risco de assaltos e assassinatos, devido ao policiamento praticamente inexistente. O ponto de encontro dos romanos eram as termas, divididas entre masculinas e femininas, locais de relax, prática de desportos e vida social. Em alternativa, havia os bares, frequentados exclusivamente por homens, que também serviam de restaurante e "outros fins". Um lugar bem insólito para a socialização dos homens romanos era nos banheiros públicos; sentados em um banco conjunto sem divisórias, discutiam sobre diversos assuntos enquanto faziam o número 2.

Ruínas das Termas de Caracalla
Um bar-restaurante da Antiguidade Romana

Toilettes públicas da Antiguidade Romana. Como se pode ver, não havia privacidade e os homens faziam suas necessidades conversando com outros homens tranquilamente e sem pudor. Aos pés de cada sanitário havia um canal por onde corria a água que servia para umedecer a esponja e se limpar depois do "social"

8. Engenharia civil: os romanos eram hábeis engenheiros. Devemos a eles a construção de pontes, aquedutos e estradas, que foram por muito tempo uma importante via de comunicação com outras colónias do Império Romano (a mais famosa é a Via Appia, que ligava Roma a Brindisi, no sul da Itália).

Antiga Via Appia que ligava Roma a região da Puglia , no sudeste da Itália

http://bloglanostraitalia.blogspot.pt/2010/11/curiosidades-da-antiga-roma.html


Os banhos públicos na Roma Antiga


Quando hoje falamos em tomar banho remetemos a algo particular de nossa vida, contudo na Roma Antiga tomar banho publicamente não era um escândalo ou uma indecência, mas era algo comum da cultura daquele povo. Embora os romanos não tenham inventado os banhos públicos, pois os caldeus e os gregos já faziam usos dessa prática, mas foram os romanos que popularizaram os banhos públicos. Durante o império (27 a.C - 476 d.C) os banhos públicos se tornaram algo comum do cotidiano do povo romano, havendo banhos públicos em todas as províncias e na maioria das cidades, levando ricos e pobres, homens e mulheres a irem a tais locais não apenas para se lavar, mas para participar da vida social da cidade. 

Os banhos públicos romanos chegaram a um nível de ser comparados ao ato de ir a praia nos dias de hoje, não no sentido de se lavar, mas como um local para se encontrar amigos, conhecer gente, se divertir, passar o tempo, conversar, relaxar, praticar esportes, em geral se socializar. 

Nesse texto procurei mostrar principalmente o papel dos banhos públicos como um espaço social, e não apenas falar da importância do banho para a higiene pessoal. Aqui veremos as principais estruturas destes locais, como o ato de tomar banho se tornou público, como a nudez era encarada nestes locais, como as pessoas deveriam se comportar, como era a vida pública nestes espaços.

Introdução: vida urbana

"A vida na cidade era movimentada, o burburinho das ruas era sentido por todos. Os romanos adotaram o sistema de cidades planejadas em tabuleiro tanto por influência grega como, principalmente, por direta transposição dos esquemas dos acampamentos militares. [...]. A cidade planejada contava com duas avenidas principais, que se cruzavam de norte a sul (cardo) e de leste a oeste (decumanus). A partir delas, seguiam-se ruas paralelas que formavam um traçado regular e ortogonal da cidade, como se fosse um tabuleiro de xadrez. No centro, havia os principais edifícios públicos, que organizavam o espaço urbano: fórum (mercado), basílica (edifício administrativo), um ou mais templos, termas (banhos públicos), latrinas, teatros. As aulas eram, muitas vezes, dadas aos alunos em um dos cômodos do fórum. Por toda a cidade, espalhavam-se lojas, como padarias e bares. Na periferia, localizavam-se o anfiteatro, para as diversões, locais de treinamento físico, hortas e, às vezes, depósitos de lixo. A cidade era cercada por uma muralha e a entrada restringia-se a grandes portas, muitas delas ainda em uso hoje em dia". (FUNARI, 2002, p. 110).

"Os romanos da cidade viviam em casas ou em prédios de apartamentos. Isso mesmo, havia prédios de apartamentos, chamados de insulae, "ilhas", onde viviam as pessoas de menos posses nas cidades grandes. Como não havia elevadores, quanto mais alto o apartamento, menores eram as unidades e mais gente vivia em condições próximas às de nossas favelas. Os prédios podiam ter até seis andares. As casas eram usadas pelas pessoas de posses, embora no campo houvesse também casebres muito humildes". (FUNARI, 2002, p. 110). 

Desenho de uma insula (insulae), os apartamentos da Roma Antiga. Tais apartamentos eram a moradia da plebe, pois os patrícios viviam em suas requintadas casas. Em geral, os apartamentos não eram próprios, mas alugados.
A zona rural era considerada como uma extensão das cidades, as quais eram vistas como o centro político, financeiro, social e cultural da urbes. De fato, embora grande parte da população morasse no campo, o que ocorria de importante nas cidades chegavam até os moradores do campo. Mesmo que a zona rural foi considerada uma extensão da vida citadina, os hábitos eram diferentes para ambos os locais.

“A maioria da população, entretanto, vivia no campo, em fazendas ou em aldeias. Os camponeses que viviam em aldeias trabalhavam a terra e sustentavam-se com a venda ou troca da sua produção agrícola por produtos que necessitavam, como ferramentas.  As casas de fazenda dos grandes proprietários eram suntuosas e algumas eram verdadeiros palácios. No campo, muitas vezes o proprietário deixava a administração da fazenda nas mãos de um escravo-capataz”. (FUNARI, 2002, p. 113).

"Os romanos costumavam; acordar com o raiar do dia. As lojas em Roma abriam cedo e as crianças costumavam comprar pães ou bolinhos na ida para a escola. Às oito horas, abriam-se os bancos e as repartições públicas. Na praça central, ou fórum, localizavam-se as lojas, repartições e outros negócios, o que dava um aspecto movimentado e barulhento ao lugar. O trabalho ia até o meio-dia, quando tudo fechava para o almoço e, no verão, dormia-se um pouco, fazendo-se uma sesta. O almoço era uma refeição leve: pão, azeitonas, queijo, nozes, figos secos e algo para beber. Havia quem levasse uma marmita e comesse seu almoço na rua, ou assistindo a uma luta de gladiadores no anfiteatro". (FUNARI, 2002, p. 108). 


Mosaico romano da cidade de Pompeia, retratando um casal.
É importante apresentar alguns aspectos do cotidiano dos romanos nas cidades, para podermos ver como a introdução aos banhos públicos mudou esse cotidiano, levando as pessoas a modificarem seus horários e hábitos para ir frequentar tais locais.  

A higiene pessoal: 

O ato de banhar-se é bastante antigo, e engana-se aquele em pensar que a preocupação com a higiene seja algo dos tempos modernos. Desde a Antiguidade encontramos em distintos povos, suas maneiras de se entender a preocupação em manter o corpo limpo e até mesmo o lar. No Egito Antigo, em certos períodos, as pessoas tinham o hábito de tomar banho diariamente e três vezes ao dia. Grande parte dos homens mantinham as cabeças raspadas e a barba sempre feita, para se evitar piolhos, além de ser uma questão estética; até mesmo as mulheres chegavam a raspar a cabeça ou manter os cabelos bem curtos, daí o uso de perucas pelos ricos. O banho era visto como algo sagrado, chegando haver até mesmo ritos para se banhar, pois o banho era visto como uma forma de purificar o corpo. De fato, ainda hoje algumas religiões e crenças preservam essa ideia de banhos purificadores. 

Os gregos antigos também já mostravam preocupação em manter os corpos limpos. Eles também tomavam banho diariamente, usavam óleos para passar no corpo a fim de prender a sujeira, e depois usavam um instrumento para raspar o óleo. Usavam também óleos perfumados após o banho. Os homens não tinham o hábito de fazer a barba ou raspar a cabeça, pois era algo estético da cultura deles: a barba era um sinal de masculinidade, virilidade e respeito. No caso das mulheres, elas naquele tempo já esboçavam a preocupação de depilar o corpo. 

Os romanos antes de serem influenciados pela cultura grega já demonstravam o hábito de banhar-se e a preocupação com a higiene. Eles usavam o estrígil ou estrigilo (strigilis), um pequeno raspador de cobre ou bronze em formato curvo ou de foice, usado para raspar a sujeira do corpo. Os gregos já usavam tal instrumento, assim como os etruscos. Normalmente passava-se azeite, para fixar a sujeira do corpo junto com o suor, e na hora do banho isso facilitava a camada de sujeira ser removida, pois estes povos não conheciam o sabão. 

Pintura grega retratando um homem usando o estrígil para se lavar. 
Além do estrígil, havia lâminas usadas para fazer a barba e para a depilação; pinças para arrancar os pelos, lixas para as unhas, um instrumento para limpar as unhas, um instrumento para limpar os ouvidos; cera ou óleo para a depilação, óleos perfumados (o perfume é uma invenção tardia) usados após o banho; sais de banho, etc. 

Além da limpeza corporal, os romanos como outros povos antigos também demonstravam preocupação em se limpar os dentes. A escova de dentes não existia propriamente, mas havia alternativas, como um tubo de madeira usado para ser mastigado, além de pastas que serviam como creme dental, onde a pessoa a esfregava nos dentes, depois fazia bochecho e cuspia. Geralmente os patrícios era que davam mais atenção aos dentes, pois os pobres não tinham esse hábito ou dinheiro para comprar tais produtos de higiene bucal.

Os ricos possuíam em suas casas (domus), banheiras, que eram a peça central de seus balneum oubalineum, ou seja, seus banheiros, embora houvesse outros nomes para designar o banheiro na história romana. A palavra balneum derivada do grego balaneion, deu origem as palavras balneário e banho. Enquanto os ricos tomavam banho em banheiras, sendo lavados pelos seus escravos (algo comum entre outros povos), os pobres quando tomavam banho, usavam baldes para isso, pois banhar-se nas fontes públicas era proibido. 

E outro detalhe a mencionar é que nas insulas não havia abastecimento de água, e quando havia, era restrito apenas ao térreo, obrigando as pessoas desceram para ir buscar água no térreo ou ter que ir até uma fonte pública para pegar água. Já na casa dos ricos poderia ter um poço, mas em geral tinham um reservatório (impluvium) que coletava água da chuva, além de possuir em alguns casos, abastecimento de água e esgoto, pois dependia da localidade da casa.  
Representação genérica de uma domus romana. 
Além do hábito de ter banheiros em casa, e de tomar banho com frequência, o governo romano preocupado com a limpeza da cidade começou a criar banheiros públicos não para tomar banho, mas para poder urinar e defecar. Foi no período republicano (509-27 a.C) que surgiram os banheiros públicos ou latrinae. A latrina pública era um local onde se encontrava uma bancada de pedra com vários buracos, onde as pessoas usavam para urinar ou defecar. Sob essas bancadas corria água que levava os dejetos para o sistema de esgoto. 

Uma latrina pública em uma cidade romana. 
Os banheiros já eram separados naquela época, havendo banheiros para os homens e banheiros para as mulheres. Contudo, não existia privacidade como se pode ver bem na imagem acima. Os homens e as mulheres faziam suas necessidades na frente de outras pessoas e até aproveitavam para ficar conversando. Nestes banheiros havia escravos ou escravas para cuidar da limpeza (embora fossem locais fedorentos e sujos), como também o escravo fornecia aos usuários uma esponja (era uma esponja marinha) em um cabo, a qual era usada para se limpar após ter defecado. O problema é que essa esponja não era descartável; após o seu uso, o escravo a limpava em uma bacia ou pia, e entregava para o próximo usuário. Quando a esponja estivesse desgastada ela era descartada. 

Em alguns bairros pobres onde não havia banheiros públicos, as pessoas ou urinavam e defecavam no mato, ou em terrenos baldios, becos, ou faziam em baldes e jogavam os dejetos na rua, pois as casas não tinham esgoto. Embora os banheiros públicos não fossem tão limpos, foram uma grande inovação para se manter a cidade limpa, pelo menos neste quesito. Nas insula, em geral só havia banheiros no térreo, sendo um banheiro coletivo para todo o prédio, pois nos apartamentos não havia banheiros.

Mas foi apenas na época imperial que os banhos públicos começaram a ser construídos, antes disso, os romanos tomavam banho em casa, ou nos rios e lagos, em alguns casos, o banho era simples. Embora os banhos públicos tenham atraído um número grande de pessoas para seus recintos, isso não significa que as pessoas deixaram de tomar banho em casa, contudo, tornou o banho algo regular e até diário, pois entre alguns não havia o hábito de banhar-se diariamente.


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Vestuário
Roma recebeu influências gregas no seu vestuário. A TOGA, sua principal vestimenta, se assemelha ao HIMATION. Os romanos usavam a túnica e por cima a toga, que era extremamente volumosa e denunciadora do status social. O tamanho e a cor diferenciavam a condição de prestígio ou a função do usuário. Pessoas mais simples como os trabalhadores, plebeus, escravos e até mesmo os soldados do exército, muitas vezes só usavam a túnica.
Existiam diferentes tipos de togas conforme a função social e a idade:
* A toga viril era utilizada pelos meninos dos 14 aos 17 anos, de tecido branco e muito simples usadas em ocasiões formais;
*A partir dos 17, os rapazes usavam a toga virilis, o que significava a entrada na vida adulta e o começo do uso era marcado por uma cerimônia;
* a pueril era igualmente branca mas mais curta.
Debaixo das togas os homens usavam uma túnica de linho. Outra túnica usada e muito interessante era a brilhante, na qual eles passavam sobre o tecido um giz branco que a deixava com esse efeito. Era usada pelos candidatos a cargos públicos para chamar a atenção nos discursos. Havia ainda a toga praetexta, que possuía uma tira na cor púrpura em sua borda e era usada por alguns magistrados, pelo imperados em ocasiões especiais e pelos pré-adolescentes. A indumentária era tão normalizada que infringir suas regras era crime.
Tipos de túnica:
* Cândida: candidatos e cargos públicos;
* Sórdida: luto;
* Dalmática: com mangas (igreja);
* Palmata: bordada com palmos;
* Recta: para o casamento.

As mulheres usavam a túnica longa e algumas vezes usava com stola sobre( outro tipo de túnica onde a diferenciação está nas mangas). A peça usada pelas mulheres correspondente a toga era a pella, uma espécie de manto com o formato retangular. Os novos corantes e tecidos permitiam que as mulheres ricas de Romausassem estolas( uma peça sobreposta comprida e ampla) de algodão azul da Índia ou talvez de seda amarela da China.
Os romanos não tinham por hábito cobrir as cabeças, a não ser por ocasião de viagem, podendo assim colocar o petasus, um chapéu de abas largas ou usar o cucullus, tipo um capuz. Entre as mulheres existia o hábito de cobrir-se com a palla( um manto comprido que chegava até os pés) quando se deixava a casa. As viúvas usavam o ricinium, uma espécie de xale.
Cabelos penteados e decorados com tiaras de ouro, tecidos e presilhas.

Pênula: manto com capuz
Sabe-se pouco sobre as roupas de interior. As mulheres utilizavam uma faixa de linho no peito (mammilia) e uma colocada em volta dos rins ( subligaculum).
Intuala: tunica íntima;
Estola: de corte igual ao da túnica íntima, porém com mangas longas e amarradas de diversas maneiras;

Palla: manto para se jogar sobre os ombros;

Os materiais das joalharias mais utilizados eram: ouro, prata, predas preciosas e semi-preciosas, cobre, bronze e ferro. As mais apreciadas, no entanto eram as pérolas. Os símbolos mais usados eram: o cupido, aves e mitológicos.

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